domingo, 23 de março de 2014

Pérolas e curiosidades da política inocentina, por Gustavo Almeida



Pais e filhos no parlamento
Até hoje, apenas cinco vereadores que passaram pela Câmara de Dom Inocêncio conseguiram a proeza de eleger algum filho como sucessor.
Cornélio Oliveira é um deles. O ex-vereador já conseguiu a façanha de eleger, em tempos diferentes, dois filhos.
Desde que deixou o assento na Câmara, ele já viu José Arimatea, o Téa, ser vereador por dois mandatos. Após a saída de Téa para concorrer ao cargo de vice-prefeito, o outro filho, Ângelo Oliveira, se elegeu e atualmente é vereador.
Gercino Dias foi vereador na primeira legislatura, de 1989 a 1992. Na eleição seguinte, o seu filho Gilbem foi o candidato e acabou sendo eleito. Na época, Gilbem foi o único vereador de oposição. 

José de Sousa Filho, o Nequinha do Novo Exú, foi vereador por quatro mandatos consecutivos, desde a primeira legislatura do município. O “eterno vereador” faleceu em 2004, no exercício do quarto mandato. Naquele mesmo ano, seu filho Zé Nilton se elegeu vereador e continua até hoje no parlamento.

Virgínia foi vereadora por dois mandatos. Em 2008 se candidatou a vice-prefeita e foi eleita. Naquela ocasião, o assento na Câmara foi mantido. O filho Pereira se elegeu vereador. Em 2012 Pereira não disputou a reeleição.

Manoel do Delim foi vereador de 2005 a 2012. O irreverente político da localidade Riacho Seco mostrou ser pé quente. No mesmo ano em que deixou o mandato de vereador, ele elegeu o filho Damião Barbosa, o Béu, para continuar seu legado no parlamento municipal.

No apagar das luzes
A coluna resolveu fazer um levantamento histórico sobre a votação dos últimos colocados na disputa para vereador em Dom Inocêncio.
Começamos pela eleição de 1996. Naquele ano, José Ferreira (PFL) conseguiu uma vaguinha com suados 194 votos. Para tristeza do candidato a reeleição Gilbem Dias, que obteve 285 e perdeu.

Em 2000, Juracy de Assis Ribeiro (PFL) se elegeu com 132 votos. Na época, a vaga escapou para Mariano e Isabel, que obtiveram, respectivamente, 152 e 141 votos, e acabaram não sendo eleitos.

Em 2004, Zé Nilton (PSDB) teve 209 votos e se elegeu. Enquanto isso, Meira Silva, da inesquecível coligação Renascer, obteve 213 e acabou ficando de fora.

No ano de 2008, Waltinho (PSDB) foi votado por 253 pessoas e terminou sendo eleito. Já Ângelo Oliveira (PMDB) chegou a incríveis 302 votos e não fez parte da lista de vitoriosos.
Em 2012, Daci Dias conseguiu atingir 219 votos. A novidade é que nesse ano não houve ninguém injustiçado por questões de legenda partidária, ou seja, Daci ficou, de fato, entre os nove primeiros na votação nominal.

Medo de perder, jamais!
Maurício Nunes tentou ser candidato em 2004 e em 2008 e não conseguiu. Nas duas ocasiões o então pré-candidato foi barrado pela Justiça Eleitoral após ser reprovado no teste de alfabetização.
Mas em 2012 ele finalmente conseguiu! E lá se foi Maurição para a disputa. Os adversários tentaram intimidá-lo, dizendo que ele não era candidato. Durante um comício na cidade, Maurício respondeu às críticas com propriedade:
- “Eu sou candidato a vereador. Eu tô com medo é de ganhar, não é de perder não”, exclamou. O que Maurício temia não aconteceu...

100 votos, sem mandato
Nas duas últimas eleições municipais, dois candidatos atingiram a marca exata de 100 votos. Em 2008, o jovem Rodrigo dos Santos Oliveira (PSDB) cravou a marca “na mosca”.
Em 2012, o petebista Bertim das Cacimbas também atingiu os três dígitos com exatidão. Apesar dos 100 votos, ambos ficaram sem mandato. Nenhum foi eleito.

51 embriaga, mas não elege
O simpático candidato Gilvan Rodrigues, do PC do B, disputou uma vaga na Câmara de Dom Inocêncio em 2012. Gilvan concorreu pelo grupo político do “gente boa” Hamilton Lima. Se eu fosse fazer uma brincadeira de amigo com ele, diria: “É parceiro, 51 embriaga, mas não elege (risos)”. Gilvan teve 51 votos.

Segura o candidato
Meu amigo Genin (PSB) obteve 466 votos na eleição de 2012. Foi o primeiro colocado para vereador. Durante a campanha, após uma carreata na cidade, os candidatos discursaram em cima de um caminhão.
Em seu discurso, Genin se empolgou. A cada palavra que afirmava com empolgação ele dava um passinho pra frente. O deputado estadual Hélio Isaías estava ao lado e observou que naquele ritmo algo daria errado.
Quando viu que o perigo de uma queda era iminente, Hélio pegou no ombro do candidato e o alertou do perigo. Após a intervenção, o evento continuou com segurança.

Gustavo Almeida do Liberdade News

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