sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Curiosidades da campanha eleitoral

 A polaridade exarcebada existente entre os dois candidatos que estão à frente das pesquisas ao cargo de presidente da nação, Lula e Bolsonaro, deixa claro que uma terceira via fica cada vez mais distante quanto mais nos aproximamos do pleito.

Temos algumas curiosidades nesta atual campanha eleitoral que vale a pena destacar:

1 - Com exceção do mandato interrompido de Collor,  que foi destituído do cargo dois anos após ser empossado, em 1992, será a primeira vez - caso Bolsonaro não consiga a reeleição - desde que o Brasil voltou a votar para presidente, em 1989, que um presidente não prosseguirá em um segundo mandato.  

Todos os outros chefes do executivo foram reeleitos, após a era Collor/Itamar. Foi assim com FHC de 1995 a 2003, Lula de 2003 a 2011 e Dilma que apesar de não terminar o segundo mandato, foi eleita por duas vezes, tomando posse em 2011 e 2015 e saindo em 2016.

2- Vale lembrar também que nenhum dos presidentes que venceram o segundo pleito em eleições passadas, tiveram como adversário um ex-presidente, como está ocorrendo agora com o atual.

3- confirmando uma tese que se mantém viva na política, a união entre rivais com eleitorados opostos, Lula e Alckmim, hoje  vice de Lula na chapa do PT, já foram adversários na campanha presidencial de 2006. Lula na campanha de 2018, enquanto candidato, considerava Alckmim, então no PSDB,  seu maior adversário. Ledo engano, o fundador do PT seria impedido de disputar e no final a eleição foi vencida por Bolsonaro, que nem aparecia nas pesquisas, no entanto, ganhou de Haddad que substituiu às pressas Lula na chapa.

4- outro fato inédito é que, segundo apontam as pesquisas, o atual presidente Bolsonaro, que detém a máquina do governo,  aparece em segundo lugar. Algo que jamais ocorreu em uma campanha para presidente. O mandatário atual sempre liderava as pesquisas de voto.

5- É a primeira vez, em toda a história da democracia brasileira, que dois presidentes se enfrentam em uma campanha para retornar ao cargo.

6- apesar da liderança inegável de Lula no no seu maior reduto eleitoral, o Nordeste, o PT não consegue surfar na onda do ex-presidente. 

O partido caminha a passos largos para perder nos quatro principais estados em que governa. Bahia, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, de acordo com as pesquisas, não querem o PT de volta.

Em Pernambuco, Marília Arraes, que fazia parte da legenda, não aceitou a aliança com o PSB e trocou o PT pelo Solidariedade e agora segue na liderança das pesquisas mostrando que o partido de Lula cometeu um grande erro ao tentar abortar sua candidatura.