quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Mapa de Dom Inocêncio atualizado e detalhado

 Confira todas as localidades do município de Dom Inocêncio neste mapa detalhado e atualizado elaborado pelo estudante de Geografia na UESPI de São Raimundo Nonato, César Augusto Campos, com base em dados do IBGE.

Clique na imagem para visualizar melhor e encontre sua localidade no mapa.

São 379 localidades inocentinas que figuram neste belíssimo trabalho efetuado pelo graduando. Fique à vontade para compartilhar ou imprimir.


sábado, 18 de julho de 2020

A INVISIBILIDADE DO MAGISTÉRIO BRASILEIRO NO DELICADO PROCESSO DE RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS DURANTE A PANDEMIA

Dia da Educação em tempos de pandemia: com decisões de olhos ...

Seguidamente ouvimos debates acerca do retorno às aulas, no Brasil, durante a pandemia. Sobre o assunto, falam os infectologistas, falam os médicos, falam as mães, falam secretários da educação, falam os prefeitos, vereadores. Ministro da educação não fala porque não temos, ou temos? Falam os alunos, falam os repórteres, falam os programas de TV, só os professores não falam. Pior, sequer são mencionados nesse processo como se não fizessem parte dele.

      Hoje, cruzei pela televisão no horário do programa “Encontro”, sentei para ver a simulação de um ambiente de sala de aula em que uma tinta foi usada para representar o novo coronavírus, detalhe, nessa simulação só havia duas pessoas na sala. Em pouco tempo mesas e vários objetos ficaram tomados pela tinta fluorescente que representava o vírus. Em seguida uma especialista foi entrevistada, não prestei atenção no seu nome ou especialidade. Ela falou sobre esse processo de volta às aulas presenciais. Mencionou a importância do retorno escalonado para que as salas não fiquem lotadas. Minimizou o perigo desse regresso ao dizer que as crianças, na maioria, não são infectadas e, quando são, apresentam apenas sintomas leves. Citou também a importância da escola para as crianças, mas não falou dos professores, nunca, uma única vez.

      Por puro vício de linguista que adora Análise do Discurso, fiquei contando nos dedos as vezes em que ela pronunciava a palavra “crianças”, perdi a conta, foram muitas, ao mesmo tempo em que esperava ansiosamente a inclusão da palavra “professores”, não houve. A eterna invisibilidade do magistério brasileiro gritava no discurso dessa senhora e me embrulhou o estômago.

      Estava ali, naquela fala, vergonhosamente escancarado o desrespeito pelos professores e a visão que a nossa sociedade possui da “escola”. Quando uma categoria tão fundamental nesse processo, sequer é mencionada, é porque não existe para esse sujeito do discurso. Excluídos os professores desse processo, a escola é reduzida a espaço de socialização, depósito de crianças para que os pais trabalhem, tulha para que os adolescentes não fiquem ociosos. A escola passa a ser tudo, menos espaço para a construção do conhecimento.

      A omissão da palavra “professores” quando se referem a esse retorno é também um desrespeito pelas nossas vidas, como se a nossa vida, a nossa saúde não fosse importante. Penso no quadro docente da minha escola e, através dele, traço um parâmetro. Poucos não estão no grupo de risco. A maioria possui comorbidades.  Entre os jovens e saudáveis, estão as grávidas. Isso sem considerar a carga de trabalho desses profissionais, muitos trabalham em mais de uma escola. Em escolas de cidades diferentes e precisam de transporte público. 

      Fico pensando no nosso esforço, na nossa luta para manter a qualidade do ensino neste ano letivo atípico. Fomos pegos de surpresa, como todos. A maioria de nós nunca estudou para dar aulas à distância. Aprendemos na marra, no susto. Nossa casa se transformou em estúdio. Nosso celular em instrumento de trabalho e voz para dez turmas, cerca de quatrocentos alunos e mais seus pais (no meu caso). Em tempos de aulas presenciais, meu celular estava sempre no silencioso para não perturbar, agora também porque muitos alunos e pais não respeitam dia nem horário. 

Trabalhamos em duas plataformas e quatro frentes: classroon, whatsapp, diário online e material impresso. Todo dia chega uma nova exigência, a mais nova é postar o plano de aula na íntegra, também no diário online. Quando falam em retorno, falam em retorno escalonado para os alunos. E o retorno dos professores também será escalonado? Ou teremos de assumir tudo, aulas presenciais e à distância? É sobre isso que nossos sindicatos precisam ficar atentos. 

Não há como dar conta de aulas presenciais e à distância ao mesmo tempo, se for assim, os que não morrerem de Covid19, vão morrer de exaustão. Ainda tem as lives, quase todo dia, para que os professores escutem, escutem, escutem. Quando nos será concedido o lugar de fala nisso tudo? O magistério é silenciado na educação brasileira desde o Brasil colônia, todas as decisões vêm de cima, de especialistas que já não estão no chão da sala de aula há tempos. Mais que ouvir, necessitamos também falar e, acima de tudo, precisamos ser ouvidos!

Por Márcia Friggi


Perguntas importantes em relação à reabertura das escolas: 

* Se um professor testar positivo para COVID-19, será obrigado a ficar em quarentena por 2-3 semanas? Esse período será pago ou descontado do salário?

* Se esse professor tiver 5 aulas por dia com 30 alunos cada, estes 150 alunos precisarão ficar em casa em quarentena por 14 dias?

* Estes 150 alunos precisarão ser testados? Quem pagará por estes testes? Serão feitos na escola? Como os pais serão notificados? Todo mundo na família de cada um desses alunos precisarão ser testados? Quem pagará por isso?

* E se alguém que mora na casa de um professor testar positivo? Esse professor então precisará ficar em quarentena por 14 dias, sem ir trabalhar? Essa folga será coberta por outro professor? Será remunerada?

* Onde a região de ensino encontrará um substituto que trabalhe numa sala cheia de alunos que foram expostos e possivelmente infectados, recebendo pagamento de professor substituto?

* Professores substitutos ensinam em várias escolas. E se eles forem diagnosticados com COVID-19? Todos os alunos de todas as escolas precisarão de quarentena e de ser testados? Quem pagará por isso?

* E se um aluno da mesma sala que seu filho testar positivo? E se o seu filho testar positivo? Todos os alunos e professores que tiveram contato com ele precisarão ficar em quarentena? Todos nós seremos notificados de quando alguém foi infectado, e quem? Ou será que, em função dos regulamentos da secretaria de saúde os pais e professores receberão emails misteriosos do tipo "fulano pode ter estado em contato" ao longo do ano inteiro?

* O que esse stress causará aos nossos professores? Como ele afetará sua saúde e bem-estar? Como afetará sua capacidade de ensinar? Como afetará a qualidade da educação que eles são capazes de fornecer? O que causará aos nossos filhos? Quais são os efeitos a longo-prazo de estar numa situação de terror constante?

* Como alunos e corpo docente serão afetados quando o primeiro professor na escola morrer por causa disso? O primeiro pai de aluno que levou o vírus para casa? O primeiro aluno?

* Quantas mais pessoas terão que morrer, que não teriam morrido se tivéssemos ficado em casa por mais tempo?

 Todas essas perguntas são importantes.mas tenho uma tão importante quanto.ao voltar às aulas presenciais no modelo proposto.metade assiste aula presencial,a outra metade aula remota,aí pergunto: vai ser dois professores?um para a aula remota e outro para a presencial?ou vão dar segundo turno pra quem tem só um?ou ainda,que é o mais provável, vão "matar"o professor,que vai trabalhar no presencial e no remoto ao mesmo tempo?
Que Deus tenha piedade de nós.

terça-feira, 9 de junho de 2020

A parábola dos talentos: a Bíblia, os empreendedores e a moralidade do lucro

Robert Sirico     Instituto Mises Brasil 
Robert Sirico
é fundador e presidente do Acton Institute.  Padre e mestre em teologia, ele também é membro da Mont Pèlerin Society, da Academia Americana de Religião e da Philadelphia Society, além de ser conselheiro do Instituto Cívico de Praga.



As parábolas de Jesus nos ensinam verdades eternas, mas também oferecem lições práticas inesperadas para as questões mundanas.
No Evangelho de Mateus (Mt 25:14-30), encontramos a parábola dos talentos de Jesus. Como todas as parábolas bíblicas, elas têm muitos níveis de significado. Sua essência se relaciona a como utilizamos o dom da graça de Deus. Com relação ao mundo material, trata-se de uma história sobre capital, investimento, empreendedorismo, e o uso adequado de recursos econômicos escassos. É uma refutação direta àqueles que veem uma contradição entre o sucesso dos negócios e a vivência da vida cristã. 
A parábola
Um homem rico, prestes a iniciar uma longa viagem, chamou os seus três servos e lhes disse que eles seriam os guardiões de seus bens enquanto estivesse ausente. Após o mestre analisar as habilidades naturais de cada um, ele deu 5 talentos a um servo, 2 a outro, e 1 ao terceiro. Em seguida, partiu para sua viagem.
Os servos não perderam tempo e imediatamente adentraram o mundo do empreendimento e dos investimentos.  Aquele que recebera cinco talentos empreendeu e ganhou outros cinco.  Do mesmo modo, o que recebera dois ganhou outros dois. Mas o que havia recebido apenas um fez uma cova no chão e escondeu ali a propriedade do seu mestre.
Depois de muito tempo, o mestre retornou e foi acertar as contas com seus servos. O servo que havia recebido 5 talentos se apresentou. "Meu senhor", ele disse, "o senhor me confiou 5 talentos; veja, aqui estão mais cinco que eu consegui!".
"Muito bem, servo bom e fiel!" o mestre respondeu. "Já que foste fiel no pouco, confiar-te-ei o muito; entra no gozo do teu senhor!"
Em seguida, o servo que havia recebido 2 talentos se aproximou do mestre. "Meu senhor", disse, "o senhor me confiou 2 talentos; veja, obtive mais dois!" O mestre disse: "Muito bem, servo bom e fiel, já que foste fiel no pouco, confiar-te-ei o muito, entra no gozo do teu senhor". 
Finalmente, aquele que havia recebido 1 talento se aproximou de seu mestre. "Meu senhor", disse, "eu soube que és um homem severo, ceifas onde não semeaste e recolhes onde não joeiraste; e, atemorizado, fui esconder o teu talento na terra; aqui tens o que é teu!".
A resposta do mestre foi rápida e severa: "Servo mau e preguiçoso! Se sabias que ceifo onde não semeei e que recolho onde não joeirei, devias, então, ter entregado o meu dinheiro aos banqueiros e, ao meu retorno, teria recebido o que é meu com juros".
O mestre ordenou que o talento fosse tomado do servo preguiçoso e dado àquele que tinha dez talentos: "Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem os dez talentos; porque a todo o que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem ser-lhe-á tirado. Lançai o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá o choro e o ranger de dentes!"
Essa não é a história que frequentemente ouvimos nos púlpitos e sermões. Nossos tempos ainda exaltam uma ética socialista na qual o lucro é suspeito, e o empreendedorismo é visto com suspeita e desagrado. Porém, a história apresenta um significado ético facilmente perceptível, e apresenta lições profundas que ajudam a compreender qual é a responsabilidade humana na vida econômica.
Uma análise mais atenta
Nessa parábola, a palavra "talento" possui dois significados. É uma unidade monetária: era a mais utilizada da época. O estudioso bíblico John R. Donovan relata que um único talento era equivalente ao salário de 15 anos de um trabalhador comum. Portanto, sabemos que a quantia dada a cada servo era considerável.
Se interpretarmos de uma forma mais ampla, os talentos se referem a todos os dons que Deus nos deu. Essa definição abarca todos os dons — naturais, espirituais e materiais. Inclui, também, nossas habilidades e recursos naturais — saúde e educação —, bem como nossas posses, dinheiro e oportunidades.
Uma das lições mais simples dessa parábola é que não é imoral lucrar por meio do uso de nossos recursos, inteligência e trabalho. A alternativa ao lucro é o prejuízo; e a perda de riqueza, especialmente por falta de iniciativa, certamente não constitui uma boa e sensata administração.
A parábola existente no Evangelho de São Mateus pressupõe uma compreensão básica da correta administração do dinheiro. De acordo com a lei rabínica, o ato de enterrar o dinheiro era considerado a forma mais segura contra o roubo. Se a uma pessoa fosse confiada uma quantia em dinheiro e ela o enterrasse tão logo estivesse em seu poder, ela estaria livre da culpa se algo acontecesse com ele. O oposto era verdade se o dinheiro fosse enrolado em um pano.  Nesse caso, a pessoa era responsável por cobrir qualquer perda (prejuízo) incorrida devido à má administração do depósito que lhe foi confiado.  
Ainda nessa história, o mestre inverte o entendimento da lei rabínica. Ele considerou enterrar o talento — ficando elas por elas — como um prejuízo, pois ele pensava que o capital deveria receber uma taxa de retorno razoável. De acordo com esse entendimento, tempo é dinheiro (ou juros).
A parábola também contém uma lição crítica sobre como devemos utilizar as habilidades e recursos dados por Deus. No livro de Gênesis, Deus deu a Adão a Terra à qual ele deveria misturar seu trabalho para seu próprio uso. Na parábola, de forma similar, o mestre esperava que seus servos buscassem ganhos materiais. Em vez de preservar passivamente o que lhes tinha sido dado, o mestre esperava que investissem o dinheiro. O mestre ficou furioso diante da timidez do servo que tinha recebido um talento. Deus nos ordena a utilizar nossos talentos para fins produtivos. A parábola enfatiza a necessidade do trabalho e da criatividade, e condena a preguiça.
A busca por segurança
Ao longo da história, as pessoas tentaram construir instituições que assegurassem uma segurança perfeita, como o servo fracassado tentou. Tais esforços variam dos estados de bem-estar greco-romanos, passando pelo totalitarismo soviético em grande escala, até as comunidades luditas da década de 1960.
De tempos em tempos, esses esforços foram adotados como soluções cristãs para inseguranças futuras. Ainda assim, na Parábola dos Talentos, a coragem frente a um futuro incerto é recompensada no primeiro servo, que recebeu mais. Ele havia empreendido os 5 talentos, e ao fazê-lo, obteve mais 5. Teria sido mais seguro para o servo investir o dinheiro no banco para obter juros. Pela fé que demonstrou, foi-lhe permitido manter os 5 iniciais mais os 5 que havia recebido, compartilhando da alegria do mestre. 
Isso implica uma obrigação moral de confrontar a incerteza de maneira empreendedora. E ninguém o faz melhor que o empreendedor. Muito antes de saber se haverá retorno aos seus investimentos ou ideias, ele arrisca seu tempo e sua propriedade. Ele tem de pagar os salários de seus empregados muito antes de saber se o seu empreendimento terá algum retorno. Ele incorre em gastos muito antes de saber se previu os eventos futuros de forma acurada. Ele vê o futuro com esperança, coragem e um senso de oportunidade. Ao criar novos negócios, ele oferece alternativas para os trabalhadores, que agora podem optar por receber um salário e desenvolver suas habilidades.
Por que, então, os empreendedores são frequentemente punidos como maus servos de Deus?
Muitos líderes religiosos falam e agem como se o uso dos talentos e recursos naturais dos empresários em busca do lucro fosse imoral, uma noção que deveria ser descartada à luz da Parábola dos Talentos. O servo preguiçoso poderia ter evitado seu destino sombrio ao ser mais empreendedor. Se houvesse feito um esforço para empreender o dinheiro do seu mestre e retornado com prejuízos, ele não teria sido tratado tão mal, pois ao menos teria trabalhado em nome do seu mestre.
Empreendedorismo e ganância
A religião deve reconhecer o empreendedorismo pelo que ele é: uma vocação. 
A capacidade de sucesso nos negócios, na bolsa de valores ou em um banco de investimentos é um talento. Como outros dons, não deveriam ser desperdiçados, mas usados em sua plenitude para a glória de Deus. Críticos ligam o capitalismo à ganância, mas a natureza fundamental da vocação empresarial é se concentrar nas necessidades dos consumidores e se esforçar para satisfazê-las. Para ter sucesso, o empreendedor tem de servir aos outros.
A ganância se torna um risco espiritual — que ameaça a todos nós, independentemente de nossa riqueza ou vocação — quando passa a haver um desejo excessivo ou insaciável por ganhos materiais, independentemente de nossa condição financeira. O desejo se torna excessivo quando, nas profundezas do seu ser, ele supera as preocupações morais e espirituais. 
Mas a parábola deixa claro que a riqueza por si só não é injusta — pois o primeiro servo recebeu mais do que o segundo e o terceiro. E quando o lucro é o objetivo a ser alcançado pelo uso do talento empresarial, isso não configura ganância. É apenas o uso apropriado do dom.
Além de condenar o lucro, os líderes religiosos frequentemente favorecem diversas variedades de igualdade social e redistribuição de renda. Sistema de saúde universal, maiores gastos com políticas assistencialistas, e tributação pesada sobre os ricos são todos promovidos em nome da ética cristã. O objetivo supremo de tais políticas é a igualdade, como se as desigualdades inatas que existem entre as pessoas fossem, de alguma forma, inerentemente injustas.
E não é assim que Jesus se posiciona na Parábola dos Talentos. O mestre confiou talentos a cada um de seus servos de acordo com suas respectivas habilidades e capacidades. Um recebeu 5, enquanto outro recebeu somente 1. Aquele que recebeu menos não recebe compaixão do mestre pela sua falta de recursos em comparação ao que seus outros colegas receberam. 
Podemos inferir dessa parábola que a igualdade de renda ou a realocação de recursos não é uma questão moral fundamental. Os talentos e matérias-primas que cada um de nós tem não são inerentemente injustos; sempre existirão desigualdades desenfreadas entre as pessoas. Um sistema moral é aquele que reconhece tal fato e permite que cada pessoa utilize seus talentos em sua plenitude. Todos nós temos a responsabilidade de empregar as capacidades e habilidades das quais fomos dotados.
Também podemos aplicar a lição dessa parábola às nossas políticas sociais. No sistema vigente, o salário do trabalhador é tributado para pagar os benefícios daqueles que não trabalham. 
Frequentemente ouvimos que "não existem empregos" para a grande maioria dos pobres. No entanto, sempre existe trabalho a ser feito. A necessidade de trabalho é, por definição, infinita. Um homem com duas mãos saudáveis pode encontrar trabalho que pague $1 por hora. Em tese, ele deveria decidir se trabalhar ou não. No entanto, é o governo quem decide se ele pode ou não aceitar tal valor. Por isso, nosso sistema de bem-estar desencoraja o trabalho. Além de o governo proibir aqueles que aceitariam trabalhar por menos que o salário mínimo, ele também cria um incentivo perverso para se recorrer ao assistencialismo: ninguém aceitará um trabalho que pague pelo menos o mesmo que o seguro-desemprego.
Deus ordena que todas as pessoas utilizem seus talentos; todavia, em nome da caridade, nosso sistema assistencialista encoraja as pessoas a deixarem que suas habilidades naturais atrofiem, ou que nem mesmo as venham a descobrir. Dessa maneira, estimula-se o pecado. 
A Parábola dos Talentos implica que a inatividade — ou o desperdício de talento empreendedorial — incita a ira de Deus. Afinal, o servente mais baixo não havia desperdiçado o talento; ele simplesmente o havia enterrado: algo que era permissível (aceitável) pela lei rabínica. A rapidez da reação do mestre surpreende. Ele o chama de "mau e preguiçoso" e o expulsa para sempre de sua convivência.
Aparentemente, não é somente a preguiça do servo que motiva tanta ira. Ele não mostrou nenhum arrependimento, e ainda culpou seu mestre pela sua timidez (incompetência). Sua desculpa para não investir o dinheiro é que ele considerava o seu mestre duro e exigente, embora a ele houvessem sido confiados recursos generosos. Por medo do fracasso, ele se recusou até mesmo a tentar ter sucesso.
Essa parábola também nos ensina algo sobre macroeconomia. O mestre seguiu viagem deixando o total de 8 talentos; ao retornar, os 8 haviam se transformado em 15. A parábola não é a história de um jogo de soma zero. O ganho de uma pessoa não ocorre à custa de outrem. O empreendimento exitoso do primeiro serve não prejudica as possibilidades do terceiro servo. O mesmo se aplica à economia atual. Ao contrário do que é normalmente pregado do púlpito, o sucesso dos ricos não vêm à custa dos pobres.
Se por se tornar rico o servo mais bem sucedido tivesse prejudicado a outrem, o mestre não o teria elogiado. O uso sábio dos recursos em investimentos não somente é correto do ponto de vista individual, como também ajuda as outras pessoas. Uma onda que sobe levanta todos os barcos. Da mesma forma, a riqueza do mundo desenvolvido não ocorre nas costas das nações em desenvolvimento. A Parábola dos Talentos implica uma sociedade livre e aberta.
Cristãos de esquerda normalmente recorrem às palavras de Jesus em Mateus 19:24: "Como é difícil entrar no Reino de Deus. É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus". Seus discípulos foram tomados de surpresa, e se perguntaram: quem poderia ser salvo, então? Jesus acalmou seus medos: "para um homem é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis".
Isso não significa que nosso sucesso material nos afastará do paraíso; implica, isso sim, a necessidade de levarmos uma vida moralmente, a qual deve estar acima de qualquer preocupação com bens materiais. Nossa preocupação para com Deus deve ser a mesma que os servos tiveram com relação aos interesses do seu mestre enquanto buscavam o lucro. Permanece verdade que, não obstante todas as nossas posses e feitos terrenos, dependemos completamente de Deus para alcançarmos a salvação.
No entanto, para a condução da economia, dependemos fortemente do empreendedorismo, do investimento, da tomada de risco e da expansão da riqueza e da prosperidade. Deveríamos ser mais críticos quanto à maneira como nossa cultura trata o empreendedorismo. As revistas de negócios estão repletas de histórias de sucesso. O herói é frequentemente o empreendedor corajoso, visionário e alegre, que se assemelha ao servo capaz que recebeu 5 talentos. Contudo, ao mesmo tempo, a fé religiosa popular continua a louvar e promover o comportamento endêmico do servo preguiçoso que foi expulso do convívio do mestre.
Conclusão
O cristianismo é frequentemente culpado pelo fracasso dos projetos socialistas ao redor do mundo. E, em muitos casos, cristãos desinformados participaram da construção desses tipos de projetos. A lição da Parábola dos Talentos precisa ser mais bem entendida. O sonho socialista é imoral. Ele simplesmente institucionaliza o comportamento condenável do servo preguiçoso. 
Onde Deus recomenda a ação criativa, o socialismo encoraja a preguiça. Onde Ele demanda fé e esperança no futuro, o socialismo promete uma falsa forma de segurança. Ao passo que a Parábola dos Talentos sugere a superioridade moral da livre iniciativa, do investimento e do lucro, o socialismo a nega.
Todas as pessoas de fé deveriam trabalhar tenazmente para acabar com a divergência entre religião e economia. Essa parábola de Jesus é um bom ponto para se começar a incorporar a moralidade do livre mercado e da livre iniciativa à ética cristã.

domingo, 7 de junho de 2020

Raridade! última vaquejada em Trairas no parque dois irmãos - Dom Inocên...

Parabéns, Dom Inocêncio !!!!

Aqui vai nossa homenagem ao aniversário de trinta e dois anos de Dom Inocêncio. A pequena grande cidade do sertão piauiense que ficou conhecida como a terra de padre Lira, passando a Terra dos Caprinos e depois "Terra de sanfoneiros", também é fã das festas de vaquejada.

Neste vídeo, gravado em 2007, no Parque de Vaquejada Dois Irmãos, na fazenda Traíras no interior do município, podemos rever o saudoso Pedro do Izídio, proprietário do local e ex-vereador, que faleceu em um trágico acidente juntamente com seu filho Reginaldo - um dos dois irmãos - em uma viagem à Teresina em maio de 2012. Portanto, há exatos oito anos.


Herivelto Barreto - Hino de Dom Inocêncio

Parabéns, Dom Inocêncio !!!!


domingo, 17 de maio de 2020

Município de Dom Inocêncio-PI registra primeiro caso de Coronavírus. Positivado não é inocentino.

Mapa de Dom Inocêncio

A pequena cidade de Dom Inocêncio, localizada no semiárido piauiense, Território Serra da Capivara, registrou o primeiro caso de Covid-19 neste sábado 16/05. Segundo a Secretaria de Saúde do município, trata-se de um rapaz de 24 anos, trabalhador no Consórcio de empresas que atua no município e que havia retornado do canteiro de obras do município vizinho
de Lagoa do Barro.

sexta-feira, 3 de abril de 2020

O bom e velho Dirceu manda um importante recado pra vocês

"Não quero ser amigo pra matar ninguém e nem ter amigo pra me matar"

Escutem com atenção o que o nosso amigo, o bom e velho Dirceu "Batuque" Ribeiro Soares da localidade Sal, em Dom Inocêncio, semiárido piauiense, na divisa com Remanso na Bahia, tem para dizer a todos os inocentinos, remansenses, sãoraimundenses e petrolinenses nesta véspera de Semana Santa em tempos de Coronavírus. 




Dirceu "Batuque", é um dos organizadores da famosa e tradicional festa dos "Caretas", festa folclórica e religiosa realizada na localidade do Sal, sempre na noite da Sexta-feira Santa que neste ano será no dia 10/04. 

No evento,  os participantes criam personagens assustadores que se trajam com roupas inusitadas usando máscaras ou caretas para não serem identificados. De posse de chicotes ou chibatas, os caretas "malham" as pessoas ao redor em alusão à malhação do Judas. Veja mais sobre os Caretas "aqui".

A tradicional manifestação de malhar o Judas, mais conhecida como 'Os Caretas', no Sal de Cima, Dom Inocêncio, continua viva e reunindo muitas pessoas na Sexta-feira Santa...Veja as imagens...



Dessa vez, Dirceu foi enfático e sem papas na língua ao se dirigir aos seus amigos de outros municípios e outros estados dando seu recado que serve para todos nós. 

Confira! Grande Dirceu!!!!  É assim que se fala!

O vídeo foi postado pelo jornalista inocentino Marcelo Damasceno  em seu perfil no Facebook.

domingo, 29 de março de 2020

Cristal, de portas fechadas. Veja como fica o atendimento durante a Pandemia

A Cristal produtos para limpeza localizada em Dom Inocêncio-PI, informa aos seus clientes e amigos, em especial aos queridos  irmãos inocentinos que, em tempos de Coronavírus e de quarentena, precisa seguir as orientações das autoridades governamentais e sanitárias para a prevenção da disseminação do temido vírus no município.

Assim, o atendimento aos clientes e comércio em geral continua sendo feito na residência ao lado do depósito de produtos da Cristal, que seguirá de portas fechadas, de acordo com as normas de Saúde, localizado na Avenida Mirassol, s/n  Alto Bela Vista, tanto em caixas fechadas como a granel. Basta falar com Elisângela, representante da Cristal em Dom Inocêncio. 

Atendimento somente para retirada de produtos na central de distribuição no endereço acima. É importante frisar que não trabalhamos com o sistema delivery ou entrega à domicílio, apenas para retirada no depósito.

Lembramos que estamos tomando as precauções necessárias para o combate ao vírus, seguindo as normas de segurança e higienização definidas pelas autoridade sanitárias evitando ao máximo o contato e aglomeração de pessoas.

Em nosso caso, estamos conscientes que a utilização dos saneantes é de extrema importância neste momento delicado que estamos passando. A  saúde de todos  está ameaçada. Por este motivo não podemos parar o atendimento. Mas adotamos as medidas de segurança necessárias.

A Cristal é uma grande aliada nesta batalha, no combate ao temível vírus que possui um grande poder de disseminação. Os desinfetantes da Cristal são produzidos com bactericidas  antivirais eficazes na eliminação do Coronavírus. Assim como o detergente Cristal, o limpa alumínio e o sabão líquido Cristal. Mantenha sua residência e ambientes sempre limpos, higienizados  e desinfectados com os produtos da Cristal.

Um apelo

E, por favor,  fiquem em casa!!!!!!!!
Se você pertence ao grupo dos que podem ficar em suas casas, fique o tempo que for necessário, mas só venceremos esta guerra contra o Coronavírus impedindo o seu contágio o maior tempo possível. Sem ninguém nas ruas ele não tem como proliferar!!!

qualquer dúvida ligue 089 98123-3794 Raimundo
Agradecemos a compreensão de todos.

obs. A distribuição no município de São Raimundo Nonato também continua da mesma forma, realizada pelos representantes da Cristal listados  abaixo deste post.

Todos juntos na luta contra o Coronavírus!!!!!
Agora, mais do que nunca, precisamos nos unir no combate à este terrível inimigo!! A Cristal está ao seu lado nesta grande batalha!!!



Central de distribuição  da Cristal  localizado na Avenida Mirassol, s/n  Alto da Bela Vista, sede de Dom Inocêncio-PI



domingo, 8 de março de 2020

Descoberta nova Pedra Furada no Piauí



Monumento geológico inédito fica no limite entre os municípios de Jurema e São Braz, no sertão do estado

edição e imagens: Meio Norte

Nas últimas décadas o estado do Piauí não para de surpreender o mundo com notícias importantes sobre descobertas científicas, parques nacionais espetaculares, registros de novas espécies da fauna e flora, ambientes marinhos e monumentos geológicos únicos, entre outras relíquias da natureza e da ciência. 
Considerado um dos territórios mais selvagens e desconhecido do Nordeste brasileiro, o Piauí mostra o seu potencial a cada novo achado.
Dessa vez a novidade é mais um espetáculo da natureza: uma, até então desconhecida, Pedra Furada. O monumento geológico que ganhou fama com a mais conhecida delas, a Pedra Furada do Parque Nacional da Serra da Capivara e cartão postal do estado, agora se repete de forma esplendorosa no limite dos municípios piauienses de São Braz e Jurema, na região sudeste do Piauí.
 CRÉDITO: ANDRÉ PESSOA
O achado só foi possível graças ao trabalho dos sertanejos da Associação dos Mateiros da Serra da Capivara, uma ONG criada no município de São Raimundo Nonato que se dedica a valorizar o conhecimento e as tradições dos mateiros, homens simples em sua maioria que detém o conhecimento passado de geração em geração sobre as peculiaridades da Caatinga, ambiente exclusivamente brasileiro.
A nova Pedra Furada foi descoberta durante uma expedição de reconhecimento da região que fica na chamada Serra do Bom Jesus do Gurguéia, uma imensa formação geológica que começa no sul do Piauí, região de Corrente, e se prolonga até as imediações de Picos, já no lado leste do estado. 
Conforme vai avançando a serra vai ganhando nomes locais como Serra do Uruçuí, Serra Vermelha, Serra das Confusões, Serra da Capivara, e assim por diante.
A descoberta fica numa fazenda privada nos limites dos dois municípios piauienses. O acesso é complicado e exige conhecimento da região. Por enquanto, o proprietário da área prefere manter segredo da localização para evitar invasões que possam causar danos ao meio ambiente. 
O lugar é totalmente selvagem, com a presença de espécies da floresta tropical como a palmeira Macaúba, ou coco-de-espinho, araras, papagaios, macacos e muitos outros animais. 
Crédito: André Pessoa
Apresentado em primeira mão as imagens da descoberta, o médico, aventureiro e explorador  Luiz Airton logo batizou o monumento de “Pedra dos Olhais”. Para ele, a descoberta é uma “maravilha" e precisa ganhar um nome original, onde não exista outro igual. "Avise quando eu puder publicar essas imagens”, disse ele, ansioso para divulgar ao mundo a chegada dessa nova maravilha do Piauí.
A expedição que descobriu o lugar foi composta pelo mateiro e biólogo autodidata João Leite, aluno do curso de Ciências da Natureza da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), e guarda-parque da Serra da Capivara. Também fez parte da equipe o experiente mateiro e pescador registrado na Colônia de Pesca de São Raimundo Nonato, Carmelo Valter.
Crédito: André Pessoa
Fotógrafo leva imagem para o mundo
Carol Duraes 
Desde 1993 o jornalista, fotógrafo e produtor cinematográfico André Pessoa não cansa de surpreender o Piauí com as suas descobertas e reportagens.
Crédito: Nina Pessoa
Conhecido por projetar a Serra da Capivara pelo mundo afora, Pessoa tem um legado importante para o Piauí. Dois dos maiores parques nacionais do Piauí (Serra das Confusões e Nascentes do Parnaíba) têm a sua digital no processo de descoberta, criação e divulgação. 
Questionado como se sente ao apresentar ao mundo essa nova descoberta ele disse: “os parabéns são para o Piauí. Ele é que sempre me surpreende. Vinte e sete anos me dedicando a divulgar, conhecer e descobrir as suas maravilhas e a cada dia fico ainda mais encantado”.
Conheça três maravilhas da geologia localizadas no Piauí
Pedra Furada da Serra da Capivara. Considerada o cartão postal do Piauí|Crédito: André Pessoa
Pedra Furada do Gongo. Também na Serra da Capivara o acesso é difícil, apenas  com veículos 4x4|                       Crédito: André Pessoa
Pedra Furada dos Canoas. Na zona de entorno da Serra da Capivara, quando ganhar estrutura poderá ser um atrativo turístico | Crédito: André Pessoa

sábado, 7 de março de 2020

Paula e Rafaela - FOGO E GELO

Primeira mão!!!!

Imagem mostra a dupla Jade e Paula

Ouça com exclusividade no blog, a música inédita de Paula e Rafaela. O mais novo trabalho da dupla de gêmeas sertanejas. As gêmeas trazem no sangue a veia artística herdada do pai Zé Nivaldo e dos tios Milton e Evan integrantes do famoso Trio Nordeste, sucesso do forró Pé de Serra nos anos 80 em São Raimundo Nonato e região no semiárido piauiense.

Paula e Rafaela passaram a infância em Dom Inocêncio, morando no Alto Bela Vista, na sede do município. Nascidas em Mauá-SP, as gêmeas retornaram  à terra natal em 2014, então com dez anos e resolveram seguir a carreira artística incentivadas pela família. 

No começo as gêmeas eram conhecidas  como Jade e Paula, mas no momento do registro da dupla, foi constatado que já existia uma dupla com o mesmo nome o que obrigou as gêmeas a mudar de nome.

 Fogo e Gelo  é uma composição de Nivardo Paz exclusivamente para a dupla de gêmeas. O clip ainda será lançado e este vídeo foi postado na tarde de hoje (07/03). Curta e compartilhe!!!!!

Nivardo Paz é o compositor da dupla Simone e Simária e alcançou o sucesso com a música "meu violão e o nosso cachorro".

Clique no link abaixo e conheça mais sobre a história da dupla Paula e Rafaela em entrevista para o portal do Paraná.

https://www.estadodoparana.com/conheca-paula-e-rafaela-as-grandes-promessas-do-feminejo/




sábado, 8 de fevereiro de 2020

Cristal lança novas fragrâncias em desinfetantes

A Cristal produtos para limpeza está lançando  a linha 2020 com novas fragrâncias para os desinfetantes neste início de ano.

Com uma linha exclusiva de fragrâncias,  a Cristal se destaca no mercado oferecendo aromas que não são encontrados em nossa região.

Nosso objetivo é oferecer uma  variedade maior de opções para o consumidor que a cada dia está mais exigente.

Estamos resgatando fragrâncias que trabalhamos há algum tempo e que fazia muito sucesso como o Kolumbia por exemplo, e lançando novas fragrâncias como Capim Limão e Flor da Noite, além das já conhecidas e consagradas Kaiak e Algas Marinhas.

Confira as novidades nos distribuidores