sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Conheça a história da Cristal e sua trajetória

Em  conversa com o blog, a direção da Cristal produtos para limpeza de Dom Inocêncio-PI, representada pelo prof. Raimundo Campos, relembra o início da empreitada até hoje.
este é Raimundo Campos responsável pela edição do blog
Prof. Raimundo Campos
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Como surgiu a Cristal?

direção
No final de 2004, logo após as eleições municipais, o então prefeito de Dom Inocêncio, Luiz da Benta, resolveu em seu último ato antes de entregar o mandato á Padre Lira, promover um curso profissionalizante do Sebrae na área de fabricação e manipulação de produtos de limpeza, através da Secretaria Assistência Social, comandada pela Primeira Dama Dª Valdoíte Santos.

O curso foi um sucesso entre os inocentinos que além de aprenderem como fabricar os principais produtos ainda se beneficiaram consumindo toda a produção. Foi um alvoroço na cidade. Muitas pessoas continuaram a produzir para consumo próprio e já no início de 2005, em março, iniciamos a produção visando atender aos consumidores que se interessaram pelos novos saneantes.

Desde aquela época muita coisa já mudou na Cristal. No processo de fabricação dos produtos, que foi se aprimorando e continua buscando se profissionalizar cada vez mais. Os cursos do Sebrae continuaram a ser ofertados pela Prefeitura,  na administração de Nenê, filho do ex-prefeito, sendo um sucesso disseminando cada vez mais o uso dos saneantes entre os inocentinos e mostrando que Dom Inocêncio tem vocação e preocupação com a limpeza.
Monumento da Sanfona em Dom Inocêncio imagem: divulgação
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Com a mudança da parte administrativa da Cristal para São Raimundo Nonato em 2013, a produção também já está sendo realizada em São Raimundo em 2019?

direção "A fabricação em São Raimundo Nonato ainda não é possível. A água que vem da Barragem Petrônio Portela mais conhecida como barragem da "Onça" e que serve o município, nem a própria onça consegue beber.

A fabricação dos produtos exige a utilização de água da melhor qualidade . Assim, até o momento, final  de 2019, continuamos a produzir em Dom Inocêncio onde utilizamos água captada da chuva. A dificuldade maior é o deslocamento  para Dom Inocêncio e o transporte de produtos acabados para atender clientes em São Raimundo"


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Qual a maior dificuldade que a Cristal enfrenta na distribuição dos produtos e utilização pelo consumidor?

direção
Na verdade o consumidor não tem  receio ou qualquer problema em levar os produtos da Cristal para casa. Aqueles clientes que já conhecem sempre voltam a consumir. Quem ainda não utiliza, por desconhecer ou por questão de preferência por outras marcas, talvez ainda seja muito fiel á marcas mais famosas, ou simplesmente não encontra o produto na prateleira, entre outros motivos pessoais.

Mas, com certeza, a maior dificuldade que enfrentamos é o fato de que muitos, a grande maioria, que não experimentou nenhum dos sete produtos da linha Cristal, acredita ainda na falsa ideia de que a fabricação é totalmente caseira, feita de forma artesanal e assim não estaria á altura das marcas de primeira linha. 

De fato, a fabricação é artesanal e cem por cento familiar, contando com o auxílio dos membros da família, mas feita com muito cuidado e dedicação, procurando sempre manter e se possível, melhorar a qualidade dos saneantes.

Para atender a estes consumidores mais exigentes é que estamos na busca constante de profissionalizar os processos de produção e distribuição para oferecer ainda mais qualidade e segurança ao consumidor.

Vale lembrar que metade da linha da Cristal é produzida por outras empresas conceituadas, localizadas em SP e apenas fazemos o envasamento e distribuição. Ainda bem que a maioria dos clientes mais desconfiados acabam se surpreendendo ao experimentar pela primeira vez.
A imagem pode conter: céu, texto, atividades ao ar livre e natureza
imagem: Manoel de Sá

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O que a Cristal tem feito para mudar essa perspectiva do consumidor?

direção
Sabemos que não é fácil e que leva tempo para mudar esta percepção do cliente. A confiança, como já dizia Padre Lira, fundador do município de Dom Inocêncio, é o maior patrimônio que o ser humano pode ter e vale também para qualquer empreendimento. É o bem mais valioso e da mesma forma que para ser conquistada, precisa de muito tempo e sacrifício, também pode ser perdida em questão de minutos.

Assim, nosso maior objetivo é fortalecer nossa relação com clientes e fornecedores, baseada na confiança de que estamos sempre procurando melhorar serviços e processos, sempre em busca da excelência e surpreender o consumidor com nossos produtos, principalmente aquele cliente mais exigente. Somente dessa maneira acreditamos que o cliente muda o conceito e mantém a fidelidade.


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Mas se este é o objetivo da Cristal, por que então não encontramos os produtos nas gôndolas da grande maioria dos comércios?

direção
Este fato ocorre  porque ainda não dispomos de vendedores que atendam aos comércios,    assim em Dom Inocêncio,  o atendimento é feito na sede da Cristal  no bairro Bela Vista, para retirada dos produtos pelos comerciantes e consumidores.
Em São Raimundo Nonato o consumidor encontra os produtos nestes locais:

Supermercado Nova Opção - org. Nilberto e Arthur no centro

Mercado Miranda - Dona Inezita e Mercadinho Extra de Vilmar, os dois próximos Pará Madeiras no centro

O Barateiro - org. Manoel - centro

Divino e Joana - Mercadinho São Francisco no bairro Umbelina.

Mercadinho Sabrina - Paraíso das Aves

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Todo produto possui um diferencial. Qual seria então o da Cristal? Consumidores reclamaram ao blog que não estão encontrando os produtos nas prateleiras mesmo em Dom Inocêncio, qual o motivo da falta de produtos?

direção
Vamos por partes.  Respondendo a primeira pergunta, os produtos de limpeza são fabricados basicamente com os mesmos insumos. Como o próprio consumidor pode atestar, não existe muita diferença de um produto para outro. A maior diferença está no nível de concentração da matéria prima.

Alguns produtos são menos concentrados, portanto mais baratos e outros optam por serem mais concentrados entregando mais qualidade para o consumidor. Assim, a quantidade de água existente no produto é que faz a diferença. Quanto menos água, mais concentrado. Este é o nosso diferencial. Buscar sempre fabricar produtos com maior nível de concentração possível, dentro da realidade do consumidor, é claro.

Quanto a falta de produtos nas prateleiras o consumidor tem razão. Desde que transferimos a administração da Cristal para São Raimundo Nonato em 2013 não temos feito visitas regularmente aos comércios em Dom Inocêncio. Se o comerciante inocentino desejar ter um produto Cristal na prateleira ele deve retirar na sede da Cristal que fica no Alto Bela Vista, avenida Mirassol. Em São Raimundo ele encontra nos endereços citados anteriormente.

Com a redução dos produtos nas prateleiras, alguns clientes perguntavam se ainda estávamos fazendo os produtos.

Gostaria de frisar que mesmo morando em São Raimundo Nonato,
a Cristal continua em Dom Inocêncio. Nossa representante, Netinha (cel. 98107-0811), atende aos clientes, comerciantes e consumidores, em nossa sede no bairro Alto Bela Vista para retirada de mercadorias.

Sempre que podemos ou quando necessário estamos em Dom Inocêncio fabricando os produtos.

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Os clientes não ficam desconfiados ao consumir algo que é produzido na região, mais especificamente em uma pequena cidade como Dom Inocêncio?

direção
O fato de fabricarmos os produtos em Dom Inocêncio ocorre pois lá trabalhamos com água potável recolhida das cisternas, apropriada para fabricação dos saneantes além de ter uma estrutura já montada para isso. Além disso, boa parte dos clientes da Cristal são do município.

A fabricação em São Raimundo Nonato ainda não é possível. Como já foi dito, a água  que serve o município não é de boa qualidade, não pode ser consumida e apresenta altos índices de cloro, alterações no gosto e no aspecto o que inviabiliza a produção.

O local onde você vive não determina o seu sucesso ou fracasso. Mas sim o seu caráter, sua personalidade e sua competência. O fato de Dom Inocêncio ser uma cidade pequena, do interior, não significa que lá não se possa produzir com qualidade.

As dificuldades existem, muito mais pelo fato do isolamento do município, da escassez de água, do que pelo tamanho da cidade. O inocentino é um povo acolhedor, educado e alegre, apesar de viver em um lugar onde as dificuldades são imensas.

É claro que dificulta a produção em um lugar isolado e distante por conta do frete das matérias primas.

Mesmo assim, as pessoas gostam de consumir produtos da região. Elas se sentem valorizadas pois estão consumindo algo que conhecem a procedência, a história do produto e sabem que é da nossa terra e sentem que aquilo faz parte delas.

O sertanejo é famoso por preservar suas tradições, tem orgulho de sua terra e acaba sentindo o mesmo orgulho ao utilizar produtos locais.

blog
Os produtos têm agradado aos consumidores, ou eles ainda tem resistência?
O que leva o consumidor a utilizar os produtos da Cristal e não de outra marca?

direção
É boa a pergunta e oportuna. Realmente a resistência existe por parte de consumidores mais exigentes e que não se contentam com produtos que não atendem por completo suas necessidades ou que entregam menos benefício do que prometem e acaba saindo  caro a relação custo/benefício do produto.

Este é o motivo da nossa busca incessante em se profissionalizar e melhoria constante da qualidade.

O fato de consumir nossos produtos não significa que o cliente não utilize também outras marcas. É claro que isto ocorre. Mas, um dos fatores que leva o consumidor a escolher a Cristal são os produtos diferenciados, produzidos com essências exclusivas, no caso dos desinfetantes, alta concentração em toda linha, que ele não encontra em outros saneantes. Nosso objetivo é cada vez mais nos diferenciarmos para melhor atender.

A Cristal chegou apenas para complementar, atender uma pequena parte do segmento de limpeza em que notamos deficiências em nossa região e dar mais opção ao consumidor. Não viemos para competir, mesmo porque as diferenças  existem, o que é bom, os produtos não são  iguais e o consumidor é livre para escolher o que é melhor para ele.

Nosso grande diferencial é pertencer à esta terra, nascemos aqui, conhecemos nosso cliente e gostamos do que fazemos. Fazemos com carinho, pois sabemos que  o cliente sente o mesmo pela sua família e busca satisfação utilizando um produto da Cristal.

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obrigado pelos esclarecimentos
direção
Agradecemos a oportunidade de poder ter esse contato direto com os consumidores, e deixar todos a par das novidades

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Dom Inocêncio já voltou a ser povoado na década de 60




NO INÍCIO DA DÉCADA DE 1960,  EMANCIPAÇÃO FOI REVOGADA E CIDADE DO SERTÃO PIAUIENSE VOLTOU A SER POVOADO DE OUTRO MUNICÍPIO.

A cidade de Dom Inocêncio, no sertão piauiense, já teve emancipação anulada e décadas depois voltou a ser município (Foto: Gustavo Almeida/PoliticaDinamica.com)

A proposta do Governo Federal de fundir municípios com menos de 5 mil habitantes e cuja arrecadação própria não chega a 10% tem causado polêmica e muita discussão em todo o país. No Piauí, quase 80 municípios podem ser afetados caso a proposta do governo Bolsonaro seja aprovada no Congresso Nacional, algo que dificilmente deve acontecer.

Mas, município ser rebaixado à categoria de povoado não seria algo inédito. Isso já aconteceu no Piauí. Em dezembro de 1962, o então povoado de Curral Novo foi emancipado e virou município com nome de Dom Inocêncio. No entanto, a emancipação foi revogada cerca de dois anos depois e o lugarejo voltou a ser povoado do município de São Raimundo Nonato.

Mais de 20 anos depois, em 7 de junho de 1988, Curral Novo voltaria a ser emancipado novamente, dando origem de Dom Inocêncio. Hoje com 31 anos de emancipação, a cidade não será afetada caso a proposta do Governo Federal seja aprovada. Segundo o IBGE, Dom Inocêncio possui quase 10 mil habitantes e, portanto, não corre risco de rebaixamento.
Dom Inocêncio fica na região de São Raimundo (Foto: Gustavo Almeida/PoliticaDinamica)

37 HABITANTES: A MENOR CIDADE DO MUNDO

A emancipação definitiva em 1988 foi capitaneada pelo padre Manuel Lira Parente, o Padre Lira, que desenvolvia ações sociais na região desde a década de 1960 através da Fundação Ruralista, entidade filantrópica criada por ele. Em 1988, Lira organizou um mutirão para construção de casas e prédios públicos no povoado com o intuito de garantir estrutura urbana para a emancipação. Já em 1962, a realidade foi diferente, como relatou o padre.
Lira afirmou numa publicação de 2001 que a primeira emancipação aconteceu pouco antes de sua chegada ao povoado e que a cidade possuía apenas 37 habitantes. Na avaliação do sacerdote, "era a menor do mundo". A emancipação efêmera foi, inclusive, motivo para que ele construísse a Fundação Ruralista em outro local distante 10 km dali, já que o estatuto da entidade elaborado por ele previa que a sede do projeto tinha que ser na zona rural.
Mutirão construiu casas em 1989. (Foto: Revista Nova Escola / Arquivo Gustavo Almeida)
O religioso, que morreu em 2015, ainda relatou que "era inconcebível a aberração de uma cidade com 37 habitantes" e por isso o município teve vida efêmera. No curto período, o prefeito nomeado foi Pedro Macário de Castro, líder político de São Raimundo Nonato.

DOCUMENTOS DA ÉPOCA

Na cidade, ainda hoje tem morador com documentos cuja naturalidade consta como de Dom Inocêncio, sendo que a expedição aconteceu décadas antes da emancipação definitiva . 
FONTE - PORTAL POLÍTICA DINÂMICA

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Cristal lança novas embalagens

A Cristal produtos para limpeza, sediada em Dom Inocêncio no semiárido piauiense,  com presença destacada neste município e também em São Raimundo Nonato, sede da região do Território Serra da Capivara, lançou no início deste ano as novas embalagens para acondicionar os produtos de grande aceitação e procura por parte de seus clientes que buscam qualidade, alta concentração e excelência na limpeza.



As embalagens estão mais alongadas facilitando o manuseio e com novo design. Toda a linha de sete produtos, com exceção do lustra móveis, detergente e limpa alumínio que também são encontrados  na versão de 500ml, já está vindo na nova garrafa de 1 litro.



A novidade é que alguns produtos como amaciante, desinfetantes  detergente e sabão líquido podem agora ser encontrados, além da nova embalagem de 1 litro, também na nova versão de dois litros, semelhante as que estão sendo lançadas, mas com preços mais atrativos, além de levar mais produto gera também maior economia no bolso . Confira os distribuidores abaixo e peça  Cristal, os mais queridinhos na limpeza!!!



Dom Inocêncio


Mercadinho São José - Zequinha e Deci
Comercial Costa - Elvira e Zezinho
Comercial Damasceno - Marinho e Divina 
Armazém Gomes - Nequinha e Genilde
Comercial Gomes - Zé do Valter  e Maria José
Mercadinho Ferreira - Costinha e Zildenir
Mercadinho Danielli - João Luiz e Ocileide
Mercadinho do Zé Luiz/Cleonice
Mercadinho Pag Menos - Luiz e Josefa - Alto Bela Vista

São Raimundo Nonato

Supermercado Nova Opção - Nilberto e Arthur
Mercadinho São Francisco - Divino e Joana
Mercadinho do João Negreiros - São Félix
Mercadinho Extra - Vilmar  centro
Comercial O Barateiro - Manoel
Mercadinho Yoyô / Milli  - Umbelina
Solimar Variedades - Umbelina
Mercadinho Sabrina - Paraíso das Aves
Mercadinho do Nilmar e Maria - Paraíso das Aves









Amaciantes, Desinfetantes e Sabão Líquido em
novas embalagens pet de dois litros
Cera líquida agora na
embalagem econômica de 1 litro




quinta-feira, 4 de julho de 2019

Vídeo mostra a alegria dos Festejos de Dom Inocêncio



Vídeo gravado por Marcelo Damasceno

segunda-feira, 1 de julho de 2019

25 anos após Plano Real, cidades do Território Serra da Capivara ainda sofrem com a pobreza

Fonte: Correio Braziliense

Na chegada à cidade que já ostentou o título de mais pobre do Brasil, em 1994, no lançamento do Plano Real, a instalação de uma antena de internet parece prenunciar que, finalmente, o futuro encontrou São Braz do Piauí. O primeiro pequeno provedor do município promete fornecer conexão com velocidade de 1 gigabyte (GB) para a população de toda a região ainda em julho, mês do aniversário de 25 anos da moeda brasileira. Uma volta pelos povoados locais, no entanto, revela que o atraso nunca abandonou a cidade encravada no sertão nordestino e no mapa de extrema pobreza do país: ainda falta água para os moradores.

25 anos após Plano Real, cidades do sertão ainda sofrem com a pobreza
Marilene usa a moto para pegar água em um açude duas vezes por dia: o dinheiro é obtido com a Bolsa Família e a pequena roça   (foto: Andre Pessoa/Esp. CB/D.A Press)

Marilene Alves da Costa Lima, 46, precisa pegar água no açude duas vezes por dia. Vai de manhã cedo e depois, no fim da tarde, sempre de moto, o transporte mais comum ao sul do Piauí. Em uma propriedade na localidade de Pitombas, na divisa de São Braz com São Raimundo Nonato, a família planta mandioca, feijão, milho. “O problema do nosso dinheiro é que não vale nada quando a gente vai vender a produção da roça, mas quando vai comprar no mercado é tudo muito caro. Estamos num período que não dá feijão. Faz 10 anos que não rende e, quando a gente vai comprar no mercado, o quilo custa R$ 7”, diz.

A família de seis pessoas, entre elas, três netos que Marilene cria, sobrevive com o Bolsa Família de R$ 140 por mês. “É o que entra. Por isso, a gente tem que se virar com o que planta”, conta. A água que Marilene busca todos os dias é para os animais. “Não posso deixar as cabras morrerem de sede porque a gente precisa do leite”, destaca. Para a família beber, quando acaba a água da cisterna, Marilene precisa pagar R$ 50 para o que chama de “pipinha”. A filha foi morar em Brasília e trabalha como doméstica para mandar dinheiro aos dois filhos criados pela avó. “Se continuar sem água, eu vou ter que tirar eles da escola. A gente vai ter que escolher entre ficar aqui sem água ou ir para a Serra-Queixo. Lá tem água, mas não tem colégio”, afirma.

Sem posto dos Correios, fechado há anos, São Braz não tem circulação de dinheiro, reclama Maria das Mercedes Cardoso, 53. Em 2004, nos 10 anos do real, a família tocava um mercadinho na localidade de Tanque Velho. Em 2014, o comércio começava a falir e o marido, Alaor Soares dos Santos, hoje com 55 anos, estava de malas prontas para São Paulo, trabalhar como pedreiro, e Mercedes chorava pela partida do companheiro. Hoje, ela já está acostumada a ser uma “viúva de marido vivo”, como são chamadas as esposas dos homens que deixam São Braz todos os anos para trabalhar na construção civil nas grandes metrópoles do país. “Ele está em São Paulo, é de lá que vem nosso dinheiro”, conta.

Alternativa 

O comércio da família fechou. “As pessoas vão até São Raimundo Nonato para retirar o dinheiro e já compram por lá. Os aposentados também tiram o benefício lá”, conta Mercedes. Quase não existem máquinas de cartão no comércio de São Braz, que tem apenas três lojas com o equipamento. “Eu vendia para 30 dias. Era o cartão de crédito do pessoal, mas ficou cada vez mais difícil manter a loja aberta”, lamenta.

Alaor e Mercedes têm duas filhas: Juliana, 29, e Nicole, 25, filha do real. A caçula é casada com Francisco Cândido de Carvalho Neto, 44, e tem dois filhos, Wendell, 8, e Wyke Ayla, 6. A oficina de moto de Neto dá algum dinheiro para ajudar nas contas da família. “Todos os dias tem algum tipo de conserto para fazer. Tem mês que vendo mais de 50 câmaras, fora os serviços extras. A cidade também tem muita moto de leilão, como sucata, aí tem serviço para colocar ela para andar”, diz.

Além de ser o principal meio de transporte no município, a moto representa também um dos maiores perigos para os moradores. Muitos amigos perderam a vida por causa da máquina. O irmão de Mercedes foi um deles. João Braz Cardoso morreu há 8 anos, atropelado por um ônibus, porque a estrada foi duplicada, mas as pontes ficaram apenas com uma mão. “A morte dele serviu para população pressionar para construírem as pontes com duas mãos”, lembra Mercedes.

Enquanto a matriarca da família ainda precisa correr ao açude para buscar água em um balde, que transporta na cabeça, a filha e a neta vivem com o celular na mão. “Eu tento ensinar para a mãe usar o banco por aqui, mas ela ainda prefere ir até São Raimundo Nonato”, diz Nicole. Como alternativa, ela customiza chinelos para vender, mas ainda não consegue renda com o produto. “O pessoal não dá muito valor para o artesanato. Não é forte ainda”, reclama.

Açude

Não fosse pela falta de água, que obriga Mercedes a recorrer ao açude para pegar água salobra, a família vive bem. “Aqui, a gente vive até sem dinheiro. A casa é da família e o custo que temos é com energia”, afirmam. A conta varia entre R$ 110 e R$ 150 por mês. “Mas não dá para dizer que melhorou alguma coisa. Para mim, está tudo igual. Ainda não temos água”, dispara Mercedes. A família capta chuva na cisterna, que eles chamam de caldeirão, mas quando falta é preciso recorrer ao carro-pipa. “Era para ter uma adutora funcionando. Prometeram para este ano, mas nada ainda.”

Ex-pipeiro, como são chamados os operadores de carros-pipa, Raimundo José da Silva, 70, vendeu o caminhão em 2016. “Servia principalmente o interior, mas alguém disse que São Braz tinha água encanada e o município foi cortado do programa federal”, conta. “Nem na sede da cidade tem água encanada, como é que os povoados vão ter?”, questiona. O caminhão que tinha comprado por R$ 45 mil, Raimundo vendeu por R$ 31 mil. “Ainda bem que o prejuízo não foi tão grande. Tem muito pipeiro que não acha comprador e está com o veículo parado”, diz. Agora, carro-pipa só particular, que sai por R$ 400 a R$ 480, com uma carga de 8 mil litros. Em 2004, custava R$ 100, e, em 2014, R$ 200. “É triste dizer isso, mas 25 anos depois do lançamento do real, a situação da água em São Braz piorou”, lamenta Raimundo.

Segundo ele, existe um poço com vazão de 252 mil litros por hora e 606 metros de profundidade, de água mineral. “Os canos estão aí. Prometem trazer a água, mas não trazem. Serviu só para acabar com o programa de carro-pipa”, assinala. A obra começou em 2014 com promessa para entregar em 2019. “Os carros poderiam produzir, dando lucro para alguém, mas não: estão parados”, afirma. “Se mexerem, vão descobrir verba desviada, má aplicação do dinheiro público”, denuncia. “Em 25 anos, a dificuldade é para desenvolver a cidade. Como é que desenvolve sem água?”, indaga.

São Raimundo Nonato (PI)

Os anos passam, a tecnologia avança, mas o sonho da população de São Raimundo Nonato ainda é o mais básico: água. A obra da Adutora de Engate Rápido, inaugurada há um ano, está mais para pesadelo. Com 26 quilômetros de extensão, a construção deveria levar água dos poços da Serra Branca ao sistema adutor do Garrincho, possibilitando o abastecimento de nove municípios da região. Apesar do custo de R$ 15,4 milhões, ainda não funciona. O Aeroporto Internacional Serra da Capivara, que gerou muita expectativa em 2014 como porta de entrada para impulsionar o turismo, é outro elefante branco. Consumiu R$ 20 milhões, está pronto, mas só recebe aviões particulares.

Apesar disso, a tecnologia chegou com tudo ao município. A internet avançou graças ao empreendedorismo de Antônio Castro do Rosário Júnior, 38 anos, que, em 1994, quando o Plano Real foi lançado, era um menino de 13 anos, mas já cursava informática. “Aprendi muito ao longo dos anos e nos empregos que tive. Em 2005, decidi parar de trabalhar e focar na manutenção de computadores”, conta. Em 2008, percebeu que o acesso ao crédito era fácil e que havia demanda por equipamentos. Abriu a Infoxente, loja de informática, cujo slogan era “Tecnologia arretada”.

“Vendi muito bem no início, mas depois todas as lojas passaram a oferecer computadores e perdi competitividade. Em 2012, montei um laboratório e decidi focar em redes, área que estava crescendo. Fechei a loja e trouxe os seis funcionários para a Oxente Net”, conta. A empresa, hoje, é a maior provedora de internet da região. Começou com 120 clientes em 2014 e atualmente atende 5 mil, com 50 funcionários, num raio de 100 quilômetros, competindo com as grandes operadoras. “Hoje, 80% dos dados da região passam pela Oxente Net”, destaca. O negócio continua em expansão e a empresa investe em fibra ótica. A projeção é dobrar de tamanho em dois anos. “A ideia é fornecer mais dados e baratear o preço.”

Enquanto a tecnologia avança, o comércio tradicional se mantém na cidade, que é polo para 13 municípios. Vendedora no mercado de carnes de São Raimundo, Sidnaura Araújo, 41, diz que o quilo da carne de bode custava R$ 4,50 em 2004. Em 2014, passou para R$ 11, mas, nos últimos cinco anos, não valorizou muito. “Hoje, eu vendo a R$ 14, mas, se o mercado está ruim, faço a R$ 13. O pessoal está chorando mais”, conta. Ela lembra que a vida melhorou com o Plano Real. A família dela adquiriu carro, moto e equipou a casa com eletrodomésticos modernos. Agora, ela conta com um aliado: o aplicativo do celular. “As vendas melhoraram porque eu fecho negócio por WhatsApp. Vendo até para Teresina. É só encomendar, que eu entrego”, conta.

Tirando a pele

Em 1994, o pernambucano Cosme de Souza Cazé, conhecido como Galego das Peles, dono de uma empresa para comprar pele de animais dos produtores locais e revender para curtumes, era um dos mais entusiasmados com a chegada do real. Chegou a faturar R$ 15 mil por mês. Mas a animação caiu com o faturamento. Em 2004, uma década depois da implantação da moeda, o caixa registrava R$ 8 mil mensais. Em 2014, aos 70 anos, Galego contou que mal fazia R$ 3 mil. Quando a moeda completa 25 anos, ele está aposentado e nem passa mais pela loja no centro da cidade.

Um dos maiores produtores de animais da região, o empresário Absolon Rubem de Araújo, 69, tem a loja agropecuária Casa do Campo na cidade e uma propriedade rural na localidade de Barreira do Doca, a cerca de 22km do centro de São Raimundo Nonato, onde, em 2014, criava 400 cabeças. “Continuo produzindo, agora com foco em melhoramento genético. Mas reduzi o rebanho. Estou com 200 cabeças”, conta. Há cinco anos, estava entusiasmado com o crescimento da cidade. Hoje, Absolon lamenta que o dinheiro esteja curto. “Tem muita loja fechando. A gente vai levando porque é insistente e vai se adaptando”, ressalta.

Empresária em São Raimundo Nonato, Socorro Macedo, 64, lembra que o real representou estabilidade. Nos últimos cinco anos, no entanto, Socorro nota perda no valor de compra da moeda. “Os combustíveis subiram muito, daí tudo fica mais caro por causa do frete. A energia também encareceu. E eu não consigo repassar o aumento de custo para os clientes”, ressalta Socorro, que investiu em tecnologia para se manter no mercado.

Olho no turista

Lucas de Macedo Negreiros, 44, chef e dono de uma pousada, começou a carreira trabalhando com o pai, que percebeu que os representantes comerciais tinham poucas opções para se hospedarem na cidade e viu nisso uma oportunidade. Montaram a Pousada Zabelê, que sobreviveu a muitos planos econômicos do país. “Com o Parque da Serra da Capivara e a estabilidade do real, tentamos difundir o turismo na cidade, criamos comitês. O Sebrae foi um parceiro”, conta Lucas. Com o fim das obras do aeroporto, que, em 2014, estavam quase concluídas, houve uma expectativa positiva. No entanto, não se concretizou. “O governo queria que os voos partissem de Teresina, quando nosso movimento é todo por Petrolina. A estratégia foi errada”, avalia.

Os últimos anos não têm sido fácil. “A energia e o gás subiram muito e não consigo repassar para a diária dos hóspedes. Além disso, temos o eterno problema da água”, diz. A logística para chegar a São Raimundo Nonato também não ajuda, acrescenta Lucas. “A chegada a Petrolina é na madrugada. O turista tem que passar uma noite lá, para, só no dia seguinte, pegar a estrada, que ainda não está totalmente pronta. É preciso alugar um carro. O destino se torna caro”, lamenta.

Por conta disso, o movimento na pousada ainda é 80% comercial. “A tecnologia é nossa aliada. Mas precisamos mesmo é de infraestrutura”, afirma.


quinta-feira, 27 de junho de 2019

Verba é liberada e conclusão do asfalto de Dom Inocêncio agora sai, afirmou secretário

editado por meionorte.com

Nos próximos dias o Piauí deve receber recursos relativos à segunda parcela do Finisa I, no valor de R$ 293 milhões, após decisão do Tribunal Regional Federal, que autoriza a liberação do montante pela Caixa Econômica Federal. A informação foi confirmada pelo secretário estadual de Fazenda, Rafael Fonteles.


O montante será importante para a retomada de obras paradas em todo o Estado, são mais de 100 obras, em mais de 100 municípios que estão paradas e serão destravadas. "Eu colocaria como uma das obras mais importantes a da adutora do litoral, é uma obra de mais de R$ 40 milhões e faltam em torno de R$ 20 milhões. Todo o recurso está dentro desta operação do Finisa. Várias rodovias importantes como Picos -Itainópolis, Dom Inocêncio-São Lourenço, centenas de obras de calçamentos e asfaltamentos urbanas, também são obras que serão retomadas", afirmou.
Secretário da Fazenda Rafael Fonteles

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Sete maneiras diferentes de usar amaciante de roupas

Postado por: BLOG MDEMULHER. EDITORA ABRIL
Além de deixar as peças macias e perfumadas, o amaciante de roupas tira manchas, limpa vidros e piso de cerâmica, dá brilho extra aos azulejos… O responsável por todas essas utilidades é o sal quaternário de amônio, um ótimo hidratante e fixador de perfume. Algumas marcas também trazem silicone na composição, que funciona como lubrificante e cria uma película nas superfícies capaz de repelir o pó. Teste as nossas dicas e surpreenda-se!
1. Tapete novo
Depois de higienizadas, as fibras de tapetes e carpetes ficam ressecadas e ásperas ao toque. Resolva isso colocando 1/2 tampa de amaciante em dois litros de água. Transfira o líquido para um borrifador e espalhe no tapete ou no carpete, massageando as fibras com os dedos (use luvas de borracha ou descartáveis para evitar possíveis alergias). Deixe secar naturalmente e sinta a diferença!
2. Banheiro limpinho
O amaciante é ótimo para fazer uma limpeza suave no cômodo mais úmido da casa. Você pode usá-lo no piso, nos azulejos, no vaso sanitário, na pia, no balcão de fórmica, no ralo, nas toalhas… Dilua o produto com água ou álcool e aplique com pano ligeiramente umedecido. O cheiro de limpeza dura horas.
3. Livre-se de manchas teimosas
Se o óleo de peroba ou de linhaça manchou aquele móvel escuro de MDF e você já usou vários produtos para eliminar a marca (sem sucesso), experimente limpar a danadinha com uma solução de duas partes de água para uma de amaciante, usando um pano ligeiramente úmido e depois um macio e seco. Pronto, sumiu!
4. Lustra-móveis poderoso
Se você precisa tirar o pó dos móveis diariamente, experimente limpá-los com amaciante diluído em água na proporção indicada pelo fabricante ou um pouquinho mais concentrado. O amaciante cria uma película sobre os móveis que afasta o pó por dias e ainda deixa um brilho discreto na madeira, na fórmica, na pia da cozinha e até no fogão e na geladeira.
5. Vidros tinindo
O produto pode deixar os vidros limpinhos, brilhantes e sem manchas, além de repelir o pó por vários dias. Aqui vai a receita: dissolva uma colher (sopa) de amaciante em 1/2 litro de água, transfira a mistura para um borrifador e use um pano macio, que não solte fiapos, para fazer a limpeza. Espere secar e retire o excesso com uma flanela seca. Outra possibilidade: coloque um copo de amaciante no borrifador e complete-o com álcool. Espirre no vidro e passe um pano seco, em movimentos circulares.
6. Roupa bem passada
O ferro de passar desliza que é uma beleza nas peças borrifadas com a seguinte receita: em um litro de água dilua uma xícara (chá) de amaciante e a mesma medida de álcool. Misture bem, coloque em um borrifador e veja como rende! Fora o cheirinho gostoso que fica nas roupas, é claro.
7. Aromatizador de ambientes
Escolha o amaciante que tiver o aroma mais agradável e adequado ao clima que você deseja criar em casa: romântico, campestre, oriental… Em seguida, dissolva uma tampinha do produto em um litro de água, umedeça um pano limpo na mistura e aplique no piso e nas portas. Como o sal de amônio também funciona como um bom fixador de perfume, o aroma vai permanecer no ar por horas e horas!

segunda-feira, 10 de junho de 2019

LIMPA ALUMINIO E LIMPA BAÚ para limpeza de motos, veículos e peças automotiva


Seguem abaixo as características do Limpa Alumínio concentrado Cristal para esclarecer nossos clientes sobre sua larga utilização:






-O limpa alumínio Cristal faz parte da linha de produtos utilizados na limpeza pesada.


modo de usar: despeje o limpa alumínio Cristal sobre a superfície do objeto que pretende restaurar ou limpar, aguarde alguns segundos até que comece a reação. Quando estiver totalmente esbranquiçado o produto, é hora   do polimento final com uma esponja de bombril.

- é um produto altamente concentrado, que já se encontra pronto para o uso, na limpeza de qualquer objeto de alumínio como peças de veículos, motos, e caminhões,  motores, camisas, e outros...

sexta-feira, 31 de maio de 2019

Mapa atualizado de Dom Inocêncio


Atenção inocentinos, confira onde fica sua localidade neste mapa atualizado de Dom Inocêncio elaborado pelo estudante de Geografia César Augusto Campos. O mapa é o mais completo do município e foi desenvolvido através de imagens enviadas do satélite Land Sat. Elaborado por solicitação da Cristal, possui as mais importantes localidades de Dom Inocêncio e está disponível e liberado para impressão e divulgação. Cristal valorizando nossas localidades, e a nossa gente!!!!!


sábado, 11 de maio de 2019

Escolinha Aílton Gomes da Silva em Dom Inocêncio é destaque na formação de atletas na região da Serra da Capivara

DOM INOCÊNCIO
Vamos aplaudir e compartilhar !!
Reportagem com as mães e alunos que integram o time de jogadores mirins da "Escolinha Ailton Gomes da Silva" de Dom Inocêncio.
O projeto começou a sair da imaginação quando um amigo de Marcio De Sousa Silva, de nome Rildo Aparecido de Carvalho, o convidou para organizar um torneio de futsal na quadra esportiva de Dom Inocêncio. Ao final da competição, os jovens foram convidados treinar regularmente no campo de futebol e foi ai que tudo começou.
No YouTuber pocure por Escolinha Ailton Gomes da Silva. ⤵️https://www.youtube.com/watch?v=T2gB53TAV6M&t=174s
Assista o vídeo, vale a pena!
Jornalista,
Macelo Damasceno

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Vaso encardido? limpa alumínio Cristal é a solução!

Quem pensa que o Limpa alumínio Cristal só serve para ser usado em superfícies metálicas se engana. Entre inúmeras utilidades, exceto em aço inox, o produto também pode ser utilizado para a limpeza do vaso sanitário. Com seu alto  poder desincrustante, o Limpa alumínio  Cristal remove toda a sujeira encardida que fica depositada no fundo do vaso sanitário, aquela que não sai mesmo esfregando com força usando somente água e sabão.

Experimente! após a limpeza superficial, despeje cerca de 500ml de Limpa alumínio no vaso encardido, misturado com a água que já existe no vaso e deixe agir por cerca de 10 minutos. Em seguida faça a retirada do produto para limpeza final. Seu vaso ficará como novo!!!


Encontre você também  mais uma utilidade para o Limpa alumínio Cristal dentre muitas já descobertas!!
Resultado de imagem para vaso sanitário sujo


Imagem relacionada
Vaso sanitário depois de usar limpa alumínio Cristal

Funciona até em botijão de alumínio