quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Cinco paradoxos da matemática que intrigam a todos há muito tempo.

Os paradoxos matemáticos deixam todos pasmados. Mas alguns internautas, nos comentários,  afirmam que conseguiram explicá-los Veja o que disseram os sensacionais filósofos que apareceram nos comentários. Você concorda?...
edição e comentários:  Luiza Lages/Revista Superinteressante
Um paradoxo é uma declaração que vai contra o senso comum, expectativas ou definições. Na filosofia e na lógica, por exemplo, os paradoxos são importantes argumentos críticos, e já foram responsáveis pela organização ou reorganização de fundamentos de várias áreas do conhecimento. Parece complexo, não? Mas a gente te explica com calma. De uma vastidão de problemas paradoxais da lógica e da matemática, trazemos cinco deles que já deram um nó na cabeça de muita gente. Dá uma olhada:

1. Paradoxo de Russell (e Paradoxo do Barbeiro)
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Em 1901, enquanto trabalhava em seu livro Os princípios da Matemática, Bertrand Russell descobriu um paradoxo que expunha uma falha nos fundamentos da Teoria dos Conjuntos, de Georg Cantor – o que abalou o mundo da matemática e levou cientistas a repensarem a lógica moderna.
Segundo a teoria de Cantor, um conjunto pode conter outros conjuntos, inclusive a si mesmo. Por exemplo, o conjunto das ideias é uma ideia. Mas isso não é verdade para todos os conjuntos, já que existem alguns que não podem conter a si mesmos. É o caso do conjunto de todos os números, que não é um número, ou do conjunto de todas as frutas, que não é uma fruta.
Aí Russell resolveu complicar a história. O matemático pegou esse conjunto dos conjuntos que não contém a si mesmos (aquele que inclui o conjunto de todos os números e o de todas as frutas) e perguntou: “Esse conjunto pertence a si mesmo?”. Existem duas repostas possíveis: sim, ele pertence a si mesmo, ou não, não pertence a si mesmo. Se a resposta é que ele pertence a si mesmo, ele é um conjunto que não pertence a si mesmo (porque essa é a característica que define os participantes desse conjunto específico). E se a resposta for que ele não pertence a si mesmo, então ele é um conjunto que pertence a si mesmo. Tá aí o paradoxo de Russell: a resposta afirmativa leva a negação, e vice-versa.
Mas esse paradoxo não fica restrito à matemática, e pode ser entendido também no contexto da autorreferência, que é quando uma afirmação faz referência a si mesma. Ele também é conhecido como oParadoxo do Barbeiro, contado pelo próprio autor para melhor explicar suas ideias: em uma cidade com uma lei rígida quanto ao uso da barba, a regra é que todo homem adulto é obrigado a se barbear diariamente, mas não precisa fazer a própria barba. Existe um barbeiro na cidade para esses casos, para o qual a lei diz que “o barbeiro deverá fazer a barba daqueles que optarem por não fazer a própria barba”. Dessa afirmação, surge o paradoxo, já que como resultado o barbeiro não pode se barbear. Por ser o barbeiro, fazer a própria barba significaria ser barbeado pelo homem que faz a barba só daqueles que optaram por não fazer a própria barba. E ele não pode ir ao barbeiro, pois isso significaria fazer a própria barba, o que não é a função do barbeiro.

2. Paradoxo do Mentiroso
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Ainda no terreno da autorreferência, há um paradoxo que existe nas mais variadas formas desde os filósofos da Grécia Antiga. Ebulides de Mileto, no século 4 a.C., perguntou: “Um homem diz que está mentindo. O que ele diz é verdade ou mentira?”. Mais uma vez, encontramos uma afirmativa que leva à negação e uma negação que leva à afirmativa. Se o homem estiver mentindo, então ele está falando a verdade. Se o homem estiver falando a verdade, então ele está mentindo. O problema revelado aqui é da ordem do senso comum: o que entendemos por verdade e mentira nos leva a contradições.
Paradoxo do Mentiroso já foi registrado assumindo diferentes formas, contando diferentes histórias, em diversos tempos e culturas. Uma das mais populares é o Paradoxo do Pinóquio. O personagem da literatura infantil, criado por Carlo Collodi, afirma: “O meu nariz vai crescer”. Quem conhece a história sabe que o nariz do boneco de madeira cresce a cada vez que ele conta uma mentira. Bem, se o nariz do boneco crescer, então a afirmação era verdadeira e nada deveria ter acontecido. Se o nariz não crescer, então a afirmação era uma mentira e o nariz deveria ter crescido.
A partir de uma afirmação derivada da proferida por Ebulides em sua forma mais simples (“Esta afirmação é falsa”), Kurt Gödel demonstrou o Teorema da Incompletude, na lógica moderna. Em linguagem aritmética, o matemático disse que “esta afirmação é indemonstrável”. Se um axioma (princípio matemático que não precisa de demonstração) desenvolvido tendo como base essa estrutura é falso, então ele é falso e demonstrável, o que é incoerente. Se o axioma é verdadeiro, então ele é verdadeiro e indemonstrável, e, portanto, incompleto. Assim, qualquer teoria na qual seja possível formular uma afirmação como essa é necessariamente incompleta.


3. O problema de Monty Hall
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No final dos anos 80, o humorista Sérgio Mallandro apresentava o programa infantil Oradukapeta, no SBT. O quadro mais popular do programa era a “Porta dos desesperados”, em que crianças da plateia escolhiam uma entre três portas. Atrás de uma delas havia prêmios, e das outras duas, monstros fantasiados. Agora vamos lá, suponha que você é um participante e escolheu a porta 1. Outro participante escolhe a porta 2 e a abre primeiro, revelando um monstro. Quando o apresentador pergunta se você deseja trocar a porta selecionada, qual seria a melhor decisão?
Muitas pessoas diriam que a chance de encontrar um prêmio é agora de uma chance em duas, e que tanto faz qual for a decisão final. Mas em 1975, nos Estados Unidos, a escritora Marilyn vos Savant disse em sua coluna na revista Parade que, em uma situação similar, o participante deveria optar por trocar de portas. Segundo ela, a troca levaria a uma probabilidade de 2/3 de ganhar o prêmio, enquanto a chance de levar a melhor ao permanecer com a escolha inicial seria de apenas 1/3.
Isso acontece porque, ao escolher uma porta, a chance de acerto é inicialmente de 1/3. Já tendo sido revelada uma porta falsa, caso a troca seja efetuada, deve-se somar ao 1/3 de chance da porta restante, o 1/3 de probabilidade que era conferido à porta revelada, chegando então a duas em três chances de acertar.
Muitos leitores, entre eles especialistas, não foram convencidos pelas explicações da colunista, e escreveram à revista alegando que a proposta deveria estar errada. Com a polêmica, foram conduzidas simulações e provas matemáticas foram desenvolvidas para mostrar que, apesar de fugir ao senso comum, vos Savant estava certa.
O problema de Monty Hall ganhou o nome do apresentador do programa de TV Let’s Make a Deal, que funcionava com uma dinâmica bem próxima à da Porta dos Desesperados, de Sérgio Mallandro. É um paradoxo classificado como verídico pelo sistema do filósofo e lógico Willard Van Orman Quine, já que apresenta resultados tão pouco intuitivos que parecem absurdos, mas que são demonstrados como verdadeiros.

4. Aquiles e a tartaruga
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O que aconteceria se uma tartaruga apostasse corrida com um atleta? A resposta parece fácil, mas o filósofo pré-socrático Zeno de Eleia complicou as coisas com um de seus paradoxos do movimento. A história contada para explicar o problema proposto pelo pensador é a seguinte: Aquiles e uma tartaruga decidem apostar uma corrida e, como a velocidade de deslocamento do herói da mitologia grega é muito maior que a do pequeno réptil, ele dá uma vantagem para a tartaruga, que começa a prova à frente.
Quando Aquiles alcança o ponto A, de onde saiu a tartaruga, ela já está à frente, no ponto B. E quando ele chega ao ponto B, a tartaruga já se encontra no ponto C. Ao Aquiles alcançar o ponto C, ela já está em D, e assim sucessivamente. Dessa forma, o guerreiro nunca conseguiria ultrapassar a tartaruga. Matematicamente, seria como pensar em um limite: o limite da expressão teria o espaço entre os dois corredores tendendo a zero – e isso significa dizer que a expressão se aproximaria cada vez mais do número 0, sem nunca alcançá-lo.
Um dos problemas é que Zeno desconsiderou a variável do tempo. O paradoxo supõe que a soma de infinitos intervalos de tempo é infinita, mas a soma dos infinitos intervalos de tempo que Aquiles gasta para se aproximar da tartaruga, na verdade, converge para um valor finito. Então o herói só não conseguiria alcançar a tartaruga em um intervalo de tempo específico. Apesar das incoerências, o paradoxo foi importante para pensarmos os infinitos, a noção de referencial e movimento.

5. Paradoxo do enforcamento inesperado
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Um juiz decreta a sentença de um homem condenado, e conta para o prisioneiro que ele vai ser enforcado na próxima semana, entre segunda e sexta-feira, em um dia inesperado, ao meio-dia. O homem entende a sentença de tal forma que fica aliviado, certo de que não vai ser executado.
O raciocínio dele é o seguinte: quando chegar a quinta a noite e ainda não houver ocorrido a execução, ele irá saber que esta não pode mais acontecer na sexta, já que isso seria esperado, o que contradiz a sentença – que deixou claro que ele seria enforcado em um dia inesperado. Então, se chegada a quarta-feira e a execução não houver acontecido, a mesma não poderá ser na quinta, pelo mesmo motivo apresentado antes. E assim por diante, não poderá ocorrer na quarta, na terça e nem na segunda. Mas na quarta-feira o prisioneiro é enforcado, uma vez que a lógica desenvolvida por ele tornou a sua execução inesperada.
Os lógicos entendem que o problema do paradoxo está em sua natureza de autorreferência e na sentença contraditória do juiz que, ao estipular um tempo determinado (meio-dia) e contado (uma semana) para o enforcamento, não poderia também falar em inesperado. Para a epistemologia, o paradoxo pode também ser um problema associado ao conhecimento – o que sabemos e o que esperamos entra em jogo.

Bônus: Paradoxo do avô
bônus
Um viajante no tempo volta ao passado para um momento em que seus avós ainda não se conheciam, mata seu avô e, como consequência, impede o próprio nascimento. O problema é que, sem ter nascido, o viajante não pode voltar no tempo para matar seu avô, o que significa que ele nasceu.
Nem da lógica e nem da matemática, essa é a descrição do Paradoxo do avô, que foi proposto pela primeira vez pelo escritor de ficção científica René Barjavel, em sua obra Le Voyageur imprudent, de 1943. O autor provou que qualquer um pode desenvolver um paradoxo, e que um paradoxo é um olhar crítico sobre como se vê e como se organiza o mundo.
A natureza contraditória do Paradoxo do avô, que mostra a impossibilidade dos eventos ocorrerem como descritos, está associada a uma visão de como é a ligação entre passado e futuro. Em diferentes cenários, com diferentes perspectivas sobre a estrutura temporal, o paradoxo não faria sentido. Por exemplo, a partir da noção de que o passado é imutável, seria impossível matar o avô. Também podemos pensar que a viagem no tempo cria ou se associa a uma linha do tempo alternativa, em um universo paralelo, em que, ao matar o avô, aquele que seria o viajante não chega a nascer.

5 comentários:

  1. Tales Cembraneli Dantas18 de novembro de 2015 às 08:00

    acho que resolvi o paradoxo do avô... Vamos começar com uma afirmação um pouco estranha, mas que é a base de tudo. "O TEMPO ESTA PARADO" Agora convido a todos para um ensaio mental, imaginem o tempo como um tapete grande sobre o chão estável e imóvel, agora imaginem uma bexiga cheia de tinta caindo sobre este tapete, a tinta ira se espalhar em todas as direções. Agora imaginem um ponto dentro da tinta correndo na direção oposto do centro do impacto, se pegarmos este ponto como referencia estática, o tapete esta correndo, correto? Agora vamos trocar esta bexiga pelo Big bang. O Big bang foi uma expansão de 3 dimensões no espaço, o tempo não entra nesta conta, pois ele esta parado, nós que estamos nos movendo sobre ele. Agora gostaria de trocar o tapete por um aquário vazio, imaginem o tempo como o volume dentro deste aquário e no centro deste aquário ocorreu uma explosão que se expande nas 3 dimensões de espaço, mas não podemos considerar o tempo como uma dimensão,pois ele é todo o volume dentro do aquário, portanto, assim como o espaço, existem 3 dimensões de tempo, em qualquer dimensão do espaço que você correr dentro do aquário, estaria correndo sobre o tempo, e o tempo para você seria simplesmente o vetor resultante deste movimento. Continuando este raciocínio, nossa galáxia, assim como nosso sistema solar e nosso planeta, estão se deslocando, afastando-se, do centro do Big Bang, consequentemente estamos nos deslocando sobre o tempo e para nós o tempo esta passando, por isso não existia tempo antes do Big Bang, pois não existia movimento sobre ele.

    A Luz

    Vamos começar fazendo outra afirmação um tanto quanto absurda, mas que logo irá fazer sentido, "A LUZ ESTA PARADA" Usando o mesmo raciocínio sobre o tempo, a luz também é (ou se desloca sobre) uma dimensão estática, no meu raciocínio o universo esta se expandindo na velocidade que hoje conhecemos como velocidade de luz mas a luz não se desloca junto, portanto para nós a luz também esta se movimentando, e na mesma velocidade do tempo. Agora vem uma parte importante do raciocínio, quando imaginamos o tempo em 3 dimensões e estamos expandindo sobre ele, é correto afirmar que quanto mais rápido aceleramos, mas lento o tempo passa para nós, pois na verdade estamos desacelerando sobre o tempo e é por isso que nada no universo pode ser mais rápido que a luz, pois na verdade quando você chega na velocidade da luz você não esta indo rápido, mas esta parado diante a expansão do universo, ou seja, a luz não se move, o tempo não se move, apenas o espaço se move e para longe de você.

    O Paradoxo do avô

    Bom, agora vamos explicar o porque é possível voltar no tempo mas é impossível você matar seu próprio avó criando um paradoxo temporal. Voltamos lá para o início da explosão dentro do aquário, nossa galáxia esta correndo sobre o tempo e o tempo esta passando para nós certo? Quando seu avô tinha 20 anos, a galáxia, o sistema solar e a Terra estavam em um ponto de 3 coordenadas no tempo, agora imagina se nós viajarmos para lá, para este mesmo local no tempo em X,Y e Z, é possível? Sim, teoricamente sim, mas o que aconteceria quando chegarmos lá? o tempo terá voltado para nós, mas lá nesta posição de tempo não vai mais existir a Terra, ou seja você voltou no tempo, mas a Terra, seu vô, seu pai não, portanto você nunca irá encontrar o seu avô lá, mas talvez (o mais provável), uma porção vazia do universo. Para termos uma viagem temporal nos moldes que a ficção imagina, teríamos que levar o planeta todo para lá (aquela coordenada de tempo), e isto por sí só já resolve o paradoxo, pois chegando lá você ainda nem teria nascido e tudo ocorreria na sua ordem normal.

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  2. Bom, não sei se entendi bem, mas gostaria de comentar algumas de suas descrições, a começar pela do tempo.

    A coisa seria longa de se explicar, mas pra resumir, mas não creio que se possa considerar o tempo como um tapete parado (ou um aquário 3D) e o espaço como um fluido que se move sobre ele simplesmente... espaço e tempo estão intimamente ligados e quando um deles se deforma, o outro se deforma junto (ex: perto de estrelas supermassivas e gigantescos buracos negros, o tempo passa mais devagar porque o espaço está "torcido" ali) espaço-tempo é uma coisa só, não duas coisas dissociadas. E onde não existe espaço, não existe também tempo (ex: na singularidade do buraco negro por exemplo).

    Outro ponto é que o universo não se limita a expandir à velocidade da luz... o espaço em si pode expandir e contrair a qualquer velocidade. Imagine-se vivendo na superfície de uma bolha absurdamente gigantesca que se expande em TODOS os pontos de uma vez só... quanto mais afastado um ponto A estiver de um ponto B, mais rápida é a sensação de expansão, porque mais espaço já existia entre eles (mais espaço se expandindo ao mesmo tempo = maior velocidade de expansão global). É o mesmo princípio que norteia a teoria do motor de dobra - expandir e contrair o espaço mais rápido que a luz.

    O que ocorre é que o universo VISÍVEL se expande à velocidade da luz na sua borda (visível), só porque a partir do ponto que ele ultrapassa essa borda, a expansão se torna tão rápida que a luz a partir do ponto X+1 não consegue mais nos alcançar. A inflação inicial do cosmos foi assim... o universo se expandindo zilhões de vezes mais rápido que a luz por infinitésimos segundos, deixando pra trás apenas um rastro visível e que tem uma borda ou limite de visibilidade.

    O tempo "antes" do big bang não faz sentido, pois antes também não havia espaço (como eu disse, uma coisa somente existe com a outra, jamais em separado).

    Na verdade a explicação do tempo é uma parada complexa que descamba inclusive para a mecânica quântica (ex: alguns teóricos definem que ocorre a passagem do tempo de um instante A para o B quando um efeito termodinâmico irreversível ocorre em um estado "intermediário" A': ou seja, quando ocorre a decoerência quântica por exemplo, porque até então o que existem são estados "temporais" superpostos onde a partícula no instante A pode percorrer todos os caminhos "termodinamicamente disponíveis" até que o colapso de sua superposição coerente aconteça- vide explicações sobre colapso da função de onda).

    Enfim, quanto ao paradoxo do avô, se pudéssemos reverter os efeitos termodinâmicos (quanticamente falando) do estado B para o A - ou seja, correr o colapso de onda no inverso, aconteceria exatamente o que você diz: não só o tempo voltaria ao estado passado, mas espaço e matéria também voltaria e quando seu avô fosse visivelmente "moço" novamente, você nem ao menos existiria para mata-lo. Pode ser que o futuro de "hoje" mudasse a partir daquele ponto, pois outras "escolhas" termodinâmicas aleatórias nos colapsos vindouros poderiam escolher caminhos alternativos a partir dali, mas o passado até aquele instante jamais mudaria.

    Existem outras "soluções" na mesma mecânica quântica ao problema... mas todos vão pra universos paralelos e linhas do tempo não muito bem definidas - teoricamente na Quântica, o vetor do tempo não tem uma direção definida. Nesta linha, existem até experimentos para se "alterar" efeitos do passado no presente (vide "delayed choice quantum ereaser"), mas aí a interpretação da mecânica é um tanto "não-usual".

    Só viajando sobre isso mesmo, mas o lance é bem interessante mesmo.

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  3. Errado, o tempo não é uma dimensão volumétrica, não possui x, y, z. Tempo é um limite ou vetor. Tende ao presente+1. Não existe passado porque ele já foi presente+1 e no instante seguinte deixou de existir. Não existem alternativas concorrentes de tempos em paralelo uma a outra.
    Portanto um viajante no tempo que viajasse implicaria em uma mudança no presente do qual ele partiu (ele deixa de existir) e outra no passado que se tornaria seu novo presente (ele passa a existir). Matar o avô fará com que no futuro do agora presente não haja a possibilidade da particular combinação de matéria que formaria o organismo que mais além ainda no futuro teria a possibilidade de retornar ao passado.
    Não matar o avô implicaria que no futuro nasceria um "clone" perfeito do viajante do tempo, assumindo é claro que ele não fizesse mais nada, não alterasse nada significativo e que em nenhum aspecto inferisse no desenrolar dos eventos até a data do nascimento do neto do avô do atual presente venha a nascer. Algo insignificante como soprar uma folha seca de uma árvore poderia ser o suficiente para alterar completamente o futuro histórico do viajante que ele havia memória como sendo seu passado.
    Observando é claro que todas as alterações são apenas para o viajante, para todos os outros presos no presente nada "muda" pois o futuro deles ainda não existe. E na verdade nem o do viajante ainda existe, existe o mar de possibilidades que em uma particular sequência resultou na memória que o viajante carrega.

    Em resumo, o tempo é uma como uma fita magnética operando em conjunto a um cabeçote magnético dentro de um videocassete, e a realidade (presente) é a informação resultante da leitura. Passado existiu e não é mais acessível, futuro não existe mas irá existir, presente é a imagem na tela.

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  4. Tempo não existe sem espaço, nem vice versa. Tudo só existe em uma coordenada x,y,z e em um momento "00:00". Tempo não é volumétrico, é um limite. Espaço é volumétrico.
    No instante seguinte tudo deixou de existir, está inacessível, mudou. E um instante após ainda não existe, não é acessível ainda.

    Pense a respeito da seguinte frase: "Encontro você no parque (x,y, z) amanhã as 14:00 (limite de tempo tendendo ao presente+x)".

    O interlocutor não pode falar simplesmente "Encontro você no parque" e nem "Amanhã às 14:00."... Ambas são incompletas e com significado indefinido. A respeito do tempo, "amanhã 14:00" não há amanhã 14:00 em altura 3m, distancia 2m e deslocamento 4m diferente de amanhã altura 10m, distancia 1m, deslocamento 0.1 m" Existe o limite de presente+x em todo o universo. O tempo em si é único para todas as posições.

    Tempo não é imutável, transcorre em velocidade diferente de acordo (desacelera proporcionalmente) com a velocidade de deslocamento do referencial no espaço. Próximo da velocidade da luz o tempo dilata-se tanto que pode ser considerado parado. Se o tempo está parado não há variações de energia de qualquer ordem no sistema, entropia e entalpia não podem ser alteradas (delta t = 0 pra quem lembra da equação da transferência de calor da termodinâmica Q = c. m. deltaT)

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  5. O que ele quis dizer nesse texto todo foi o seguinte :
    - A Terra da a volta no Sol , ou seja , se você estiver no dia 5 de abril e voltar no dia 3 de abril , a Terra estará em uma posição diferente e por isso você não vai encontrar e Terra e sim um espaço vazio
    - Não somente a terra da a volta ao Sol , mas também o sistema solar gira em torno da Galaxia e a galaxia gira em torno de alguma coisa e esse coisa ...

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